domingo, 18 de novembro de 2007

O Equilíbrio das Leis Naturais - Parte I



Em síntese, abordare - mos tão somente a base do equilíbrio latente no mecanismo das leis naturais, porém, para tanto é necessário discorrermos sobre o que consistem respectivas leis e de onde ela provém.

É do conhecimento dos mais esclarecidos que o Universo consiste em agrupamento de energias, tais agrupamentos de acordo com sua freqüência vibratória formam os átomos e matérias pelo qual se materializa as coisas, pelo qual enxergamos ou sentimos no strictu sensu do termo, ou seja, sabemos da existência das estrelas, astros, planetas, fogo, água, terra e respiramos o ar, contido pelo éter, que não obstante se compõe de energia, etc.

Tais aspectos desde o princípio, mantêm o movimento contínuo e harmonioso que faz com que as “formas” latentes no Universo prossigam seu determinado curso ininterrupto, porém, vale a pena ressaltar que o movimento universal e relativo para todos os aspectos existentes está no átomo, ou seja, as partículas de elétrons (natureza negativa) girando em torno do núcleo (natureza positiva); assim temos, os planetas em órbita em torno do sol ou quiçá de alguma estrela equivalente nos confins das galáxias, as partículas de uma determinada célula girando em torno do seu núcleo e assim por diante, tais movimentos contínuos e harmoniosos resultam no equilíbrio de toda a natureza existente, quer seja visível ou invisível, o que confere por conseqüência todos os acontecimentos atemporal, pelo qual através de suas próprias ações e seqüências determinam o que seria passado, presente ou futuro.

Deteremos aqui, por alguns instantes, a fim de lembrarmos as propriedades do átomo: - “A visão de como é formado o átomo em sua estrutura foi-nos revelada por um estudo aprofundado pelos fenômenos elétricos. Descobriu-se então que ele é constituído por uma parte central, denominada núcleo, em redor do qual há uma camada, um enxame, de outras partículas que formam ‘elétrons’. O núcleo possui uma carga elétrica positiva, ao passo que os elétrons têm cargas elétricas negativas, vindo assim a equilibrar-se entre si. As cargas elétricas positivas atraem aquelas negativas, e vice versa, e então acontece que os elétrons são obrigados a girar em torno do núcleo, exatamente como fazem os planetas em redor do sol.” Portanto, tais considerações tornaram-se indispensáveis para continuarmos nosso ensaio com maior clareza.

No entanto, retornando as questões que realmente nos importa através do título supra, iniciaremos questões de suma importância, pelo qual teremos uma visão cristalina da Realidade do Equilíbrio no Universo, para tanto frisaremos por ora o significado sintético e básico do que vem a ser o Universo.

De acordo com Israel Regardie, (pesquisador e ocultista inglês do início do século XX), “o Universo é uma projeção de nós mesmos, uma imagem tão irreal quanto aqueles nossos rostos em um espelho e, no entanto, como essas faces, é necessária forma de expressão dele, não para ser alterada, exceto à medida que alteramos à nós mesmos”. Sob essa luz, portanto, tudo o que fazemos é nos descobrir por meio de uma seqüência de hieróglifos, e a mudança que aparentemente operamos são, num sentido objetivo, ilusões.

Diante do exposto, traduzimos que a seqüência de tais hieróglifos, conforme sabiamente descrito por Israel Regardie, não é nada mais nada menos que o Equilíbrio das Leis Naturais em Ação.

Portanto, a seguinte pergunta é inevitável: - Em que consiste o equilíbrio dessas leis?

Ora, de acordo com a relatividade pré-existente, existem apenas duas polaridades de energia em que é possível se operar mudanças, ou seja, polaridade positiva e negativa, sendo que a igualdade entre elas, gera tão somente a força neutra, ou a imutabilidade, diante de tais aspectos faz-se imperiosa a conclusão de que o equilíbrio é o resultado de duas forças. Em análise com a fórmula primária + e - = (-) / - e + = (-), temos que a única reação possível para o movimento é o resultado da alternância dessas duas polaridades, tal qual uma lâmpada apenas se acende porque suas polaridades são opostas, o mesmo se aplicando a uma pilha comumente utilizada para geração de energia.

Pelos aspectos supra mencionado, postularemos uma pergunta de vital importância, cujos aspectos vem ao propósito do tema rotulado: “É possível a provocação do equilíbrio das leis naturais? Qual reação se resulta em tais provocações?

Com certeza é possível a provocação das leis naturais, sendo elas conscientes ou inconscientes, por seres em variadas dimensões ou acidentalmente por seres inanimados (decorrência das provocações anteriormente desencadeadas), no entanto, por enquanto, nos ateremos tão somente as provocações temporal e humana.

Antes de provocarmos qualquer ato de mudança, física ou mental, as coisas e a natureza se conservam no equilíbrio em que foi pré-determinado, a partir do momento em que interferirmos a lei do equilíbrio, a natureza e as coisas existentes ou pré-existentes se abalam, há uma brusca mudança, pois movemos uma das forças da polaridade do equilíbrio, ocorrendo o “choque” entre as duas energias, o que determina tal movimento.

Por conseqüência, a natureza primordial da lei irá se equilibrar de qualquer modo, ainda mais se tais movimentos forem rápidos e bruscos, pois irá intensamente se mover com as forças provenientes do equilíbrio universal.

Essa mesma lei natural com presteza irá procurar seu ajuste ou “equilíbrio” através de seus caminhos primordiais e imutáveis, “tal qual o caminho que a água escorre”, trazendo aos olhos humanos todas as coisas em conseqüência e forma inesperada e, ainda com maior intensidade àquele que provocou a transformação.

Diante de tais ocorrências, a natureza passará por seu momento de transformação ao cumprir seu instinto criador, reconstruindo as coisas pelo mesmo processo em que o Universo foi criado, juntando a energia em suas freqüências correspondentes, desencadeando aquilo que chamamos de coincidência, pois as coisas e seres existentes e pré-existentes deverão ser harmonizados e equilibrados pelo processo da evolução natural.

Pelo exposto, aconselha-se cautela e prudência racional quando transformamos e criamos algo, principalmente quando há mudanças em nós e nas pessoas que nos cercam, assim devemos permanecer passivos e alertas diante de qualquer reação imprevista, pois a natureza “testa” os seres humanos e seres em qualquer dimensão, a fim de adequá-los ao nível de criação e consciência que lhe são próprios.

Evidenciando-se para que nesses momentos possamos agir da melhor maneira possível, sempre inerente à ética, da moral e da espiritualidade evolutiva, em intuição consciente, pois ao transformarmos leis pré-estabelecidas, as conseqüências retornarão sempre em aspecto intenso e imprevisto, sendo as decisões determinantes à um ciclo de vivencia e acontecimentos futuros.

Pois, conforme sabiamente enfatizado pelos mestres orientais em alhures, todo o carma deverá ser compensado, também lembrando as palavras do imortal mestre Eliphas Levi ao ressaltar nesse contexto: “A Natureza não avança com base em saltos, fortes abalos ou desfiladeiros intransponíveis. Seu progresso dá-se numa forma gradual...”, mais adiante ele complementa: “...é necessário que cada ser humano consciente das transformações que opera, suba as escadas da vida lentamente, estabelecendo ligação em cada degrau, em amor e sabedoria, com cada hierarquia superior até que a Luz eterna ilimitada seja alcançada.”

Estejamos atentos às nossas próprias ações, pois somente nós e mais ninguém somos responsáveis pelas mudanças que provocamos.

Em cumprimentos e saúde despeço-me deste ensaio, em acordo com os planos próprios de cada um de nós.


Agora e Sempre,

Evandro B. Lira – (Ensaio desenvolvido originalmente em 01/2007)

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