quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Prosseguindo viagem através do Século XXI



Fazem exatos quatro anos em que fiz um pequeno ensaio sobre principais acontecimentos ocorridos através do século XX, assim como sua projeção.

Retornamos alguns fatos: - Citei que possivelmente o oriente se expandisse rumo ao ocidente em pacíficas negociações; resultado: "radicais do oriente médio destroem duas torres nos E.U.A.; provocam terrorismos por toda parte do mundo, colocam a população mundial em polvorosa e com isso ditam novo rumo ao desenvolvimento mundial, principalmente psicológico financeiro.

Como dito anteriormente, como não duvidar do grande jogo para a evolução do nosso espírito?

Há uma semana em que escrevo estas maltraçadas linhas, houve um terremoto no Irã, matando milhares de pessoas e deixando mais de cem mil feridos e desabrigados, e por incrível que pareça a principal ajuda humanitária veio da parte dos E.U.A.

Voltando ainda há alguns meses atrás, os americanos dominaram o Iraque, derrubando assim o governo e seus consortes, exterminando de forma definitiva o regime ditatorial iraquiano imposto a séculos.

Tudo isso conseguido após muitas devastações e mortes, ferimentos sangrentos e lastimáveis continuam até hoje, conseguiram de quebra ainda mais, o domínio de alguns poços de petróleo. Sem dúvida alguma, os E.U.A. ainda imperam nesse início de século, numa forma primitiva que pouco mudou desde a segunda guerra.

Entretanto, esperem até a próxima, não errei?! - No meu ensaio anterior datado em 31 do ano 1999/2000 disse que o oriente se expandiria ao Ocidente através de pacíficas negociações". Resultado: - O oriente está sendo coagido a negociar com o ocidente, pacificamente ou não. E quem é o xerife? - Os E.U.A. é claro.

Isso já está parecendo uma aula de história?

- Vamos, ânimo pessoal! A próxima aula é música e poesia e, a professora? "Meu Deus, que pernas, que busto, que voz...ufa! - é de tirar o fôlego!"

HAJA FÔLEGO!

É como disse o poeta e escritor Mário Lago: "Fiz um acordo com o tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele." E como dizia meu avô, "O tempo não passa, ele vôa!". Bem, se continuarmos a dar asas...

No mundo atual, como não poderia deixar de ser diferente, o assunto essencial e temas jornalísticos é dinheiro. Como ficar rico? Compre o livro daquele escritor na sua banca mais próxima (sic); Apenas um detalhe, é bem provável que o escritor e o jornaleiro ficarão ricos primeiro que você.

Em debate, a arte da mística, literária, musical e afins estão em crise.

Poucos criam, pouquíssimos pensam. Se criam na verdade copiam e se pensam logo desistem, se penso logo desisto e se desisto não crio, copio!

Deixando a piadinha descartável passar, como uma nuvem negra mas passageira, o artista brasileiro e porque não falar, o artista em todo o mundo não está tão produtivo como nos "bons velhos tempos", boas músicas, poesias, óleo sobre tela, paisagismos, um 'grande' livro para inspiração de literários de todo o mundo, descobertas fantásticas. Onde está o homem virtuoso? Onde está o espírito ávido pela criação? Onde está a nata da juventude?

Tenho certeza, a alma virtuosa e aventureira não se dissolveu no éter d'um espaço infinito, o espírito virtuoso apenas se escondeu temporariamente numa velha cabana no campo, na beira da estrada, postada atrás da grande árvore; se escondeu provavelmente com o medo da tempestade, do vento forte e do granizo que possivelmente a apanhasse de surpresa.

Quando a tormenta passar e as nuvens negras se dissiparem, o sol brilhar em contraste com o arco-íris, o espírito virtuoso se desentocará, a Grande Alma prosseguirá sua jornada e como dádiva o nobre dom da inspiração a acompanhará sob a forma de uma brisa suave.

Cabe a mim, cabe a nós, que faça com que o mau tempo seja afastado de nossas vidas, do nosso mundo, de nossas crenças...

Repito, o mundo atual está faminto por uma nova cultura, inspirações sociais, invenções e principalmente por mentores ativos e corajosos, sábios e hábeis artesãos; não esperamos por ninguém, façamos nossa parte, nem que para isso precisarmos sacrificar nossos bens, tempos e vidas! Isso mesmo, nossas vidas (no plural).

Esse é o sabor de viver, o gosto pela vida, a experiência e o estudo das engrenagens do destino, acelerando e diminuindo o rítmo dos acontecimentos através da arte criativa. Estou divagando muito? Que chato! Só queria ser simpático! Apenas queria saltar dessa gangorra e me projetar para o futuro...

UMA PROJEÇÃO PARA O FUTURO

Impossível. dizem que o impossível é o possível não tentado, e um amigo disse: " O impossível é possível!" - Bem, nas probabilidades possíveis já não me sinto bem. Mas será possível?

Conforme eu disse no ensaio anterior (31-12-1999), o futuro é sempre uma icógnita, porém, Morpheus de bom grado ainda nos permite sonhar...!

Sem sombra de dúvida, o trabalho prosseguirá como desenvolvimento principal a automação decorrente da informática e isso não é novidade para ninguém.

No campo das artes é provável que uns poucos criativos saiam da toca.

Mantenho, portanto, minhas opiniões do ensaio anterior.

Quanto a religião e a moral, bem, quanto à religião fiéis continuarão a apinhar templos de todas espécies e crenças.

Quanto à moral é bem provável que o romantismo abarcará a moda nos próximos quatro anos, o romantismo aparecerá de forma bem leve, com tendencias que parecerá sempre passageira, mas que perdurará por algum tempo.

Não, não tem nada a ver com o romantismo do século XIX, aparecerá na moda como roupas discretas, sensuais, por vezes até provocantes, mas sempre com o 'clima' elegance. Tais objetos também será o romantismo artificializado pela informática, super-população, pelo estresse da metrópole e principalmente pela fuga das pessoas para alguma saída alternativa, tentativa quase sempre frustrada e em vão.

Chamaremos de pseudo-romantismo ou simplesmente psíco-amor! (E aí, gostou do nome?)

Pela artificialidade provocada pela agitação das grandes metrópoles e pelo acelerado acontecimento e mudança nas coisas, é provável uma grande perturbação físico-mental nas pessoas, principalmente aquelas vulneráveis e desprotegidas.

Decorrente, à formalidade cairá cada vez mais em desuso e, quem já não tinha o senso de educação...

Por base, como sempre, a moral dependerá única e exclusiva da educação e da forma com que é transmitida.

Pegamos a carruagem no século XVIII e já estamos no século XXI, deveríamos parar em alguma estalagem para abastecimento e repouso, mas carruagem precisa continuar andando...

CARRUAGEM VAI ANDANDO

"Breve escreverei novamente para dar notícias, quatro anos passam rápido, o clima já não é mais o mesmo, ele é variável, é janeiro e está um calor de lascar.

Governo disse que se não chover vai ter que racionar água, o tal está em campanha com algum projeto fome zero, Deus ajude que dê certo, com tanta gente precisando!

Já há algum tempo não faço verso nem prosa, carruagem tem passado em lugar de dar medo. Como consolo eu tenho piano de colo e uma velha guitarra, tão barulhenta que espanta até coruja do telhado do vizinho.

Ano que vem vou fazer vinte e oito primaveras (que lindinho), vou tomar cuidado, porque sete vezes quatro é o mesmo que quatro fases da lua completinha. E o que vem depois?

Moço disse pra mim ser criativo, fazer coisas boas e estudar bastante, em algum lugar eu li que "burro aos trinta é burro à beça!" É, eu acho que ele tem razão!

Reze por mim, as veredas desta vida não estão fáceis, breve escreverei para dar notícias, quatro anos passam rápido.

Carruagem não pode retornar caminho já trilhado, a única lembrança permitida são os tempos seculares e a poesia impressa, formada pelos sulcos da carruagem no chão:

"O tempo passava!

Qual vento que sopra forte.

Para onde vais? Perguntava.

- Nem para o sul nem p'ro norte!

O tempo passava!

Num gesto frio e indolor.

Ah! Quem sois? Perguntava.

- Não sou a quem procura amor!

O tempo passava!

Nos campos e pelos vales.

O que fazes? Perguntava.

- O perdão enquanto amares!

O tempo passou...

Sem nenhuma despedida.

E o que restou?

As lembranças de uma vida!"

*(Evandro B. Lira - O Tempo - 01/01/2004 - Ensaio originalmente escrito em 01/01/2004)

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